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domingo, 25 de dezembro de 2011

Jogo de Damas (um pequeno conto)


Num dos dias de Chanuká, o rabino Nahum, filho do rabino de Rizhin, entrou na sinagoga e encontrou os seus alunos a jogar às damas, como era costume naquele tempo. Quando viram o rabino, envergonharam-se e pararam de jogar. Mas o rabino Nahum sorriu e pediu-lhes que prosseguissem: “Sabem que as regras do jogo de damas são muito parecidas às regras da vida? Pois reparem: a primeira é que não se podem fazer duas jogadas ao mesmo tempo. A segunda regra diz que apenas se pode andar para a frente, e nunca para trás. E, por fim, quando se chega à última casa, alcança-se o dom de poder finalmente andar em qualquer direcção.”

Rabino Nahum de Stepinesht (Ucrânia, século XIX)
in Die Erzählungen der Chassidim (As Lendas dos Hassidim), Martin Buber, 1949.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Os Convertidos


  O Judaísmo acolhe de facto os convertidos. Na verdade, eles são particularmente queridos aos olhos de Deus. A sua virtude não reside tanto no facto de aceitarem a fé judaica, visto que os homens podem esperar a salvação na sua própria religião; mas no facto de aceitarem sobre os ombros o fardo especial do destino dos Judeus e a obrigação de se incorporarem num povo de sacerdotes, «filhos de Abraão» por eleição e por adoção.

    «Não haverá para vós senão uma só lei, tanto para o estrangeiro como para o natural da terra» (Nm 9, 14). (Para os rabis, «estrangeiro» tem o sentido de «prosélito».) Assim este versículo ensina que para a escritura o prosélito é igual ao Judeu por nascimento naquilo que diz respeito a todos os mandamentos da Torah.

    Um prosélito que o seja por sua livre vontade é mais precioso para Deus do que todos os Israelitas que se apresentaram perante Ele no monte Sinai. Se os Israelitas não tivessem sido testemunhas dos travões, dos relâmpagos e dos abalos das montanhas e do retinir das trombetas, não teriam aceitado a Torah. O prosélito, que não viu qualquer dessas coisas, veio e deu-se por si mesmo ao Deus santo e único – bendito seja o Seu nome – e tomou sobre si o jugo do Céu. Quem poderá, pois, mais do que ele, ser precioso aos olhos de Deus?

Fonte: HERTZBERG, Arthur, Rabi do Templo Emanuel, Englewood, Nova Jérsia, JUDAÍSMO, Editorial Verbo, 1981

enviado pelo Chaver Carlos Baptista da Comunidade Masorti de Lisboa.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Luz e Escuridão



No inicio do século XX, em plena aula, o professor universitário falava sobre se D-us havia ou não criado tudo, e perguntou aos alunos se isso seria ou não verdade.
"Terá D’us criado tudo que existe?"
Um dos alunos respondeu: “Sim, Eu creio que Ele criou”..
“Então, D’us criou tudo?”, perguntou novamente o professor.
"Sim", respondeu o aluno.
E o professor continuou, "Se D’us criou tudo, então D’us fez o mal! Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então D’us é mau."
O aluno calado-se diante desse argumento e o professor, regozijava-se de ter provado mais uma vez que a fé era um mito.
Outro estudante levantou a mão e disse:
"Posso fazer uma pergunta, professor?"
"Sim claro", foi a resposta.
O jovem ficou de pé e perguntou: "Professor, o frio existe?"
"Que pergunta essa? Claro que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?"
O rapaz respondeu: "De facto, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos o frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objecto é susceptível de estudo quando possui ou transmite energia. O calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor. Todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor."
"E, existe a escuridão?", continuou o estudante.
O professor respondeu: "Existe".
O estudante respondeu: "Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode ser estudada, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores que a compõe, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não! Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim? Portanto a escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente"
Finalmente, o jovem perguntou ao professor: "Senhor, o mal existe?"
O professor respondeu: “Lógico que existe, como disse desde o começo, é só ler as manchetes: vemos acções terroristas, crimes e violência no mundo o tempo todo”.


E o estudante respondeu: "O mal não existe, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, como nos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de D’us. D’us não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter D’us presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz."


Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado.
O director dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome. E ele respondeu:
“Albert Einstein.”


Adaptado de Chabad.org.br

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Os Treze princípios da fé.

1 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é o Criador e Guia de todas as criaturas, e apenas Ele, criou, cria e criará todas as coisas.
2 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é Único e que não há nenhuma unicidade como Ele; que somente Ele é nosso Deus, era, é e será.
3 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, não é corpóreo, não tem nenhuma propriedade antropomórfica, e não há absolutamente nada parecido com Ele.
4 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é primeiro e último.
5 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é o único a Quem é apropriado rezarmos, e que não é apropriado rezar a mais ninguém.
6 — Eu acredito com plena fé que todas as palavras dos profetas são verdadeiras.
7 — Eu acredito com plena fé que a profecia de Moshé (Moisés), nosso mestre, que esteja em paz, foi verdadeira, que ele foi o pai de todos os profetas, daqueles que o precederam como daqueles que o seguiram.
8 — Eu acredito com plena fé que toda a Torá que está em nossas mãos foi dada a Moisés, nosso mestre, que esteja em paz.
9 — Eu acredito com plena fé que esta Torá não será modificada nem haverá outra Torá dada pelo Criador, abençoado seja o Seu nome.
10 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, conhece todas as ações e todos os pensamentos dos seres humanos, como está escrito: “É Ele quem forma os corações de todos, Quem percebe todas as suas ações” (Salmos 33:15).
11 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, recompensa aqueles que guardam Seus mandamentos, e pune aqueles que os transgridem.
12 — Eu acredito com plena fé na vinda de Mashiach (Messias), e ainda que possa tardar, mesmo assim espero a cada dia pela sua vinda.
13 — Eu acredito com plena fé que haverá a ressurreição dos mortos no momento que assim o desejar nosso Criador, abençoado seja o Seu nome, exaltada seja a Sua lembrança para todo o sempre.
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