domingo, 28 de março de 2010

Pessach

A Pessach judaica e a Páscoa Cristã


Este ano 2010 a Páscoa Judaica a Pessach, foi comemorada conjuntamente com a Cristã,
Mas nem sempre foram comemoradas em separado, no inicio do Cristianismo, a Páscoa era comemorada pelo calendário lunar hebraico, daí cristãos e judeus comemoravam a Páscoa juntos, bem como o Shabbat e outras festas. Mas porquê passou a ser de outra forma, o que motivou trocar o Shabbat pelo domingo e a Páscoa em datas diferentes? A razão foi desenraizar o cristianismo das suas origens judaicas. Na realidade os romanos ao imporem isso, através de influencia sobre Bispos e outros membros do clero, pretendiam manipular e enfraquecer o cristianismo que tanto como o judaísmo tinham a sua força na observação da Toráh, suas leis e costumes, pois o D-us dos Cristãos é o mesmo. A-do-nai E-lo-hei-nu, a diferença é que para os Judeus ainda não veio o Messias mas para os cristão em particular os gentios sim.

Os Gentios são também parte da resposta desta separação no calendário, de ambas as religiões, pois o cristianismo sendo maioritariamente gentio, não se opôs às imposições do Imperador romano e do clero romanizado, pelo contrário acharam ou indiferente ou melhor, pois tinham outros costumes, que os cristãos iniciais, que os Nazarenos, quer sejam Ebionitas ou paulinos não tinham
O nome Pessach deriva do hebraico pessach que significa saltar, passar por cima; comemora a libertação dos judeus do cativeiro no Egipto e é a celebração da liberdade, a história da mobilização do povo para a conquista da liberdade. Para o povo judeu, recordar a saída da escravidão significa ultrapassar os limites que impedem a realização de seu pleno potencial. Em hebraico, Egipto é Mitzraim, que significa estreitezas, limites, angústias, aflições. O “Egipto” de uma pessoa pode ser seu egoísmo, desejos primitivos, vícios. Pessach é uma oportunidade de transcender as limitações e realizar o infinito potencial espiritual em cada aspecto da vida.
ultrapassando as aflições que estreitam nossos caminhos. A comemoração de Pessach não foi sempre a mesma. Mudou com o passar dos tempos, mas seu cerne é a liberdade. Originalmente, as comemorações de Pessach eram uma espécie de celebração da primavera, uma festa agrícola, à qual se juntaram as comemorações do Êxodo. “Observa o mês da primavera e guarde o Pessach do Senhor teu Deus, pois no mês da primavera o Senhor teu Deus te tirou do Egipto à noite” (Deuteronómio 16:1).

A matzá, a hóstia e a ironia

A ceia que foi a origem da Eucaristia era um seder de Pessach. A origem da hóstia é o pão ázimo (matzá). A palavra vem do latim hóstia (= vítima); significa “vítima oferecida em sacrifício para uma divindade” e “partícula de pão ázimo que se consagra durante a comunhão”. Em hebraico, as palavras correspondentes são Korban e Matzá, respectivamente. Antigamente na Igreja os fiéis ofereciam o necessário para o culto, sobretudo o pão e o vinho. Desde o século XI, o pão utilizado no altar é preparado à parte pelo clero. Ele tem que ser de farinha, ázimo e com marcas que o distinga do pão comum. No século XI, a Igreja católica ordenou que se utilizasse na Missa somente pão sem levedura. Quanto à forma do pão eucarístico, o Papa São Ceferino (séc. III) os chama de "coroas" por causa de sua forma redonda.
Para o cristianismo representa, a passagem de Cristo o Messias pela Terra e a sua passagem para o Céu, levando os pecados dos crentes, mas daí também se aproveitou em parte para lançar as raízes do anti-semitismo, pois o judeu foi acusado de deicídeo, ou seja assassinato de D-us, foi também uma razão para impor uma data diferente e de ameaçar com excomunhão todo o cristão que judaizasse e praticasse shabbat ou a pessach com judeus.
Ainda hoje se notam na sociedade portuguesa, actos de anti-semitismo nas palavras, como chamar judeu a uma pessoa má ou avarenta, menino rabino a uma criança que se porte mal, e outras palavras como judiar, judiaria etc.

Esperemos que as comemorações da pascoa que sejam conjuntas não apenas aproximem as duas religiões, mas levem os cristãos a reflectir as suas origens e a eliminar todo o sentimento de anti-semitismo que possa existir na sociedade portuguesa.

sábado, 20 de março de 2010

30% dos Portugueses descendem de Judeus

Em Portugal, um dos países mais católicos da Europa, é todavia onde há origem judaica de muitas das gentes da população. Mas este conhecimento é limitado a uma minoria, ou seja, a maioria dos portugueses desconhece este facto, que por sinal foi revelado num estudo realizado nos Estados Unidos, pela University of Georgetown, EUA, tendo sido publicado pelo “The New York Times”. Estudo esse onde o Prof. Jonathan Ray confirma que uma parte considerável da população portuguesa descende de judeus sefarditas, estudo feito com base em investigações no DNA das populações da Península Ibérica, ficou assim registado que cerca de 30 por cento dos portugueses e espanhóis são de origem judaica, sendo cerca de 11 por cento os que apresentam origem árabe e berbere pelo DNA.

Essa disseminação da população judaica na Península deveu-se a três factores: 
no Império Romano, onde a Diáspora força a fuga para terras distantes de Judeus expulsos de Israel após a destruição do Templo de Jerusalém.
Na conquista árabe no séc. XII os judeus mantiveram a sua liberdade e se desenvolveram e progrediram em igualdade aos muçulmanos numa primeira fase, depois foram perseguidos e se espalharam pela península, e arabizaram os seus nomes.
A conversão forçada de centenas de milhares de judeus nos séc. XIV e XV, adoptando nomes e sobrenomes portugueses, bem como impondo os costumes alimentares (daí vem a alheira e a farinheira – enchidos para fingir o consumo de carne suína), eram no entanto identificados e chamados de Cristãos Novos, termo com cariz pejorativo e claramente marginalizador, muitos foram destituídos dos seus bens, e famílias foram separadas, levadas para diversas possessões coloniais portuguesas.Contrariamente aos restantes países do mundo, Portugal, paradoxalmente com a sua cultura marcadamente católica, tem nas suas origens o sangue judeu.

Já mesmo antes da conquista Romana, a península Ibérica era na Bíblia chamada de “Társis”, onde por sinal havia já uma colónia Judaica considerável. Em Lisboa na Altura do Reino do Al-Andaluz, a população Judaica era superior em número à população muçulmana e Cristã (na altura denominada de moçárabe).
Sinagoga de Tomar


Os judeus à altura adoptavam nomes hebraicos, mas com o aumento da pressão islâmica na península passaram a usar nomes árabes, e até grandes Rabis escreveram obras literárias em árabe, como por exemplo o Sepher HaZohar, foi inicialmente escrito em árabe por Maimonides.A tradição popular portuguesa indica que as famílias com apelidos associados a árvores, flores ou vegetais são, supostamente, de origem judaica, embora na realidade com a conversão forçada dos judeus (Bnei Anussim significa Filhos dos Forçados) passaram a adoptar sobrenomes tipicamente portugueses para não sofrerem preconceitos.

Hoje não é frequente um português assumir as suas origens judaicas, como fez por exemplo o antigo presidente da Câmara de Lisboa, Cruz Abecassis, o Antigo Presidente da República Jorge Sampaio, ou mais anteriormente, o capitão Barros Basto e os escritores Fernando Pessoa e Camilo Castelo Branco, entre outros. No entanto a população desconhece as bases do judaísmo ou da história hebraica de Portugal.

Fonte: The New York Times - DNA study shows 20 percent of Iberian population has Jewish ancestry


Shoah - Não esquecer nunca


Dia 27 de Janeiro foi o dia da Shoah (Holocausto), em memória dos judeus perseguidos, presos e assassinados pelo regime nazista e seus aliados, mas também é a lembrança de todas as perseguições injustamente cometidas contra o povo judeu, os seus algozes movidos por um ódio que só é entendido como a acção satânica para impedir a vinda do Mashaiah ao mundo, pretendeu sempre e em todos os tempos eliminar no mundo a semente da palavra de D-us (Torá) através da eliminação total do povo de D-us o povo Hebreu.
O anti semitismo não é só fruto da ignorância mais atroz e atrevida, mas é a prova cabal da maldade do Homem contra a vontade de D-us.
Temos de lutar contra esse mal, juntamente com outros crentes, cristãos, muçulmanos e todos os homens e mulheres de boa vontade, juntos temos que promover a verdade combatendo o antisemitismo, a xenofobia.
Desde Abraão, Isaac, Jacob (Israel), e Moises o povo judaico é o mesmo e não renúncia nem renunciará à sua fé, cultura, língua e tradições, reconhecendo sempre o mesmo direito aos outros povos e religiões.

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