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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

II Festival Internacional da Memória Sefardita



O II Festival Internacional da Herança Sefardita é composto por um conjunto de actividades que decorrem na Região da Serra da Estrela e em Lisboa, de 18 a 21 de Setembro, tendo começado ontem (domingo e estende-se até quarta feira).
Estará presente no Festival a Loja Judaica de Portugal, com stand de livros e artigos judaicos.
Para mais informações clique: http://www.festivalsefardita.com/ 

domingo, 22 de maio de 2011

1º Shabbat Gastronómico na Galiza.


Para os interessados que vivem na Galiza ou no Norte de Portugal, informamos que a AGAI - Associação Galega de Amizade com Israel, começa um novo ciclo de atividades gastronómicas e culturais como o que denominamos "1º Shabbat Gastronómico" que terá lugar em Monforte de Lemos, Lugo, no próximo dia 11 de Junho, sábado pelas 12h30 ao pé da torre, no Restaurante O Grelo, sito na rua Campo da Virxe s/n (Teléfone: 982.40.47.01)
Preço: 35 € por comensal, tendo comida tradicional judaica sefardita.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

"Ha Tikvah" tem origem no Portugal medieval.

      O Estado de Israel, para incutir uma maior identificação com os símbolos nacionais nas camadas jovens do país, introduziu no ensino sobre o Hino Nacional de Israel, denominado "A Esperança" HaTikvah", um dado histórico novo e curioso, e de grande importancia para os judeus portugueses e em particular os Bnei Anussim, trata-se da informação que acrescenta que o Hino de Israel tem origem em Portugal, na altura da Idade Média, visto ter sido descoberto um texto da "HaTikvah" datado dessa altura.
      Esta informação passou a ser introduzida nos manuais escolares distribuídos nas escolas seculares e religiosas de Israel, no entanto as escolas ultra-ortodoxas e árabes não aceitaram esta alteração, do lado árabe entende-se como uma propaganda sionista.
      Até aqui, entendia-se que a origem da letra e música fosse referente a tradições romenas, mas a nova informação que há raízes portuguesas derivou de um estudo que se fez a cerca deste assunto e que o resultado final será a incorporação desta informação nos manuais de várias disciplinas.
      Até agora, era aceite que a melodia teria origem numa balada do folclore da Roménia. No entanto, foi descoberta uma fonte mais antiga, num texto de do século XIV escrito com as anotações musicais da época, numa antiga sinagoga portuguesa.
      Portugal e os portugueses, estão ainda mais ligados a Israel e ao Judaísmo do que aquilo que até aqui se tem pensado.


Este artigo foi adaptado de: "Clara Mente, o blogue do Canhoto" de Gabriel Canhoto um português que se converteu ao Judaísmo, e que presta um grande tributo ao judaísmo com toda a informação acerca do processo de conversão, a vida do dia-a-dia na sociedade israelita e na religão judaica. Um blogue de excelencia vale a pena ver e aprender.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Os Portugalov

1496 Expulsão dos judeus que não se convereram
       Ainda hoje se pode encontrar na Rússia pessoas com o nome Portugalov.
       Na opinião dos linguistas, a sua procedência tem, na verdade, raízes lusitanas. Tratava-se de judeus que fugiram de Portugal depois do rei D. Manuel ter começado em 1496 uma campanha de conversão forçada ao cristianismo dos judeus e mouros residentes no país.
     Os primeiros dados confirmados documentalmente sobre a chegada de migrantes portugueses à Rússia remontam aos finais do século XV. No século XIX, o Czar Alexandre II (1818 - 1881) obrigou os judeus a mudar os seus nomes tradicionais para nomes cristãos. 
      Alguns decidiram ligar os seus nomes ao país da sua procedência.
      Assim surgiram os Portugalov na Rússia.

Enviado pelo amigo C. Baptista
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Bibliografia:
Rússia - Portugal: história das relações in Diálogo Portugal - Rússia: revista trimestral de negócios (edição bilíngue n.º 2, 2008), p. 61.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Loja Judaica em Portugal


Já está em Portugal, ao serviço da comunidade judaica, e também de todos os interessados sobre judaísmo, hebraico e assuntos de Israel, o sitio na rede denominado "Loja Judaica de Portugal" que vende pela internet, livros, discos e outros artigos afins, dos mais procurados são "Bíblia Hebraica", "Toráh", "Dicionário de Hebraico Português" e "O Mais Completo Guia do Judaísmo".
A Loja Judaica, é parceira da Editora Sefer do Brasil, através da já conhecida "Euroenigma" que tão bem tem vindo a suprir um vazio quer na comunidade judaica portuguesa quer  junto dos filo-judeus que tanto tem tido a necessidade de aprender hebraico, historia de Israel e de obterem a "Toráh" na versão judaica, agora em português, que aliás foi com a Bíblia hebraica em 2007 que se iniciou a atividade.
B"H


terça-feira, 23 de novembro de 2010

A presença hebraica na distinta monarquia lusitana

É um facto que a sociedade medieval portuguesa vivia dividida em sectores com origens étnicas e religiosas distintas, havendo uma maioria cristã, e duas minorias, a judaica e a muçulmana. Sabia-se sem grandes rodeios quem era quem neste cantinho chamado Portugal, nos séculos XIII, XIV e XV.

Após o decreto de expulsão, desígnio do rei D. Manuel na defesa do ideal de (um reino e uma só religião), judeus e muçulmanos tornar-se-ao numa nova e odiada classe presente na vida portuguesa a partir do século XV, os cristãos-novos, e assim, nasceu no país uma divisão social que durará praticamente até aos nossos dias, porque na realidade, cristãos-velhos e novos sempre se manterão a uma distância apreciável, a real integração nunca foi objectivo de ambas as partes, e muito menos algo conseguido pelas autoridades régias.

Porém, nada disto foi impedimento para ligações amorosas, a provar isso mesmo são os imensos casamentos mistos, fruto muitas vezes de paixões avassaladoras. Que o diga a judia Inês Pires Esteves, filha do Barbadão, e D. João I, rei de Portugal, não foram casados é certo, mas deste relacionamento nasceu um filho, o D. Afonso, o 1º duque de Bragança, e o 8° Conde de Barcelos e Conde de Ourém.

Este D. Afonso era ilegítimo, mas recebeu uma educação esmerada e foi sempre bem acompanhado por nobres e pelo seu próprio pai, não escondendo de todos este filho.
D. João I fez doações importantes referentes a diversos bens a D. Afonso, e vai mais longe, estabelece condições para que este seu filho case com D. Beatriz Pereira de Alvim, condessa de Barcelos e condessa de Arraiolos, filha única e herdeira do seu melhor amigo, o famoso condestável de Portugal, D. Nuno Álvares Pereira, herói que salvou o reino em Aljubarrota.

D. Afonso herda todo um vasto património, criando as bases para que a Casa de Bragança se torne uma das mais importantes casas da nobreza portuguesa e europeia, dando origem a uma dinastia própria, a partir de 1640, com o rei D. João IV.


Não nos fiquemos por isto apenas, já D. António Prior do Crato, que muitos defendem a sua legitimidade como rei de Portugal, era filho do príncipe D. Luís e de uma cristã-nova, de seu nome Violante Gomes (A Pelicana), e neto do famigerado rei D. Manuel I.

Nasceu na cidade de Lisboa em 1531, morrendo em França exilado, em 1595.
Dizem que a dita senhora era lindíssima, e D. Luís acabou por não conseguir resistir ao encanto feminino de Violante.

Depois da morte do cardeal rei D. Henrique, seu tio, e perante a crise sucessória e a consequente ameaça de Castela, muitos cristãos-novos apoiaram o partido de D. António para se tornar rei.

D. António chegou a aclamar-se rei em Santarém, a 24 de Junho de 1580, no meio de um povo apoiante da sua causa. Ali prestou juramento perante todos, que morreria se fosse necessário pela defesa e independência do reino.

Tudo acabou por correr mal, Portugal perde a sua soberania para Filipe II de Espanha, e D. António Prior do Crato acabou por se refugiar em França, perseguido pelos seus inimigos.




D. António, Prior do Crato

Estes dois episódios são bem reveladores de como judeus e cristãos-novos deixaram tão forte presença histórica, e de uma maneira completamente transversal marcaram toda uma sociedade, até aqueles que aparentemente estariam menos expostos ou imunes a isso, a mui nobre e distinta monarquia lusitana.


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sábado, 20 de março de 2010

30% dos Portugueses descendem de Judeus

Em Portugal, um dos países mais católicos da Europa, é todavia onde há origem judaica de muitas das gentes da população. Mas este conhecimento é limitado a uma minoria, ou seja, a maioria dos portugueses desconhece este facto, que por sinal foi revelado num estudo realizado nos Estados Unidos, pela University of Georgetown, EUA, tendo sido publicado pelo “The New York Times”. Estudo esse onde o Prof. Jonathan Ray confirma que uma parte considerável da população portuguesa descende de judeus sefarditas, estudo feito com base em investigações no DNA das populações da Península Ibérica, ficou assim registado que cerca de 30 por cento dos portugueses e espanhóis são de origem judaica, sendo cerca de 11 por cento os que apresentam origem árabe e berbere pelo DNA.

Essa disseminação da população judaica na Península deveu-se a três factores: 
no Império Romano, onde a Diáspora força a fuga para terras distantes de Judeus expulsos de Israel após a destruição do Templo de Jerusalém.
Na conquista árabe no séc. XII os judeus mantiveram a sua liberdade e se desenvolveram e progrediram em igualdade aos muçulmanos numa primeira fase, depois foram perseguidos e se espalharam pela península, e arabizaram os seus nomes.
A conversão forçada de centenas de milhares de judeus nos séc. XIV e XV, adoptando nomes e sobrenomes portugueses, bem como impondo os costumes alimentares (daí vem a alheira e a farinheira – enchidos para fingir o consumo de carne suína), eram no entanto identificados e chamados de Cristãos Novos, termo com cariz pejorativo e claramente marginalizador, muitos foram destituídos dos seus bens, e famílias foram separadas, levadas para diversas possessões coloniais portuguesas.Contrariamente aos restantes países do mundo, Portugal, paradoxalmente com a sua cultura marcadamente católica, tem nas suas origens o sangue judeu.

Já mesmo antes da conquista Romana, a península Ibérica era na Bíblia chamada de “Társis”, onde por sinal havia já uma colónia Judaica considerável. Em Lisboa na Altura do Reino do Al-Andaluz, a população Judaica era superior em número à população muçulmana e Cristã (na altura denominada de moçárabe).
Sinagoga de Tomar


Os judeus à altura adoptavam nomes hebraicos, mas com o aumento da pressão islâmica na península passaram a usar nomes árabes, e até grandes Rabis escreveram obras literárias em árabe, como por exemplo o Sepher HaZohar, foi inicialmente escrito em árabe por Maimonides.A tradição popular portuguesa indica que as famílias com apelidos associados a árvores, flores ou vegetais são, supostamente, de origem judaica, embora na realidade com a conversão forçada dos judeus (Bnei Anussim significa Filhos dos Forçados) passaram a adoptar sobrenomes tipicamente portugueses para não sofrerem preconceitos.

Hoje não é frequente um português assumir as suas origens judaicas, como fez por exemplo o antigo presidente da Câmara de Lisboa, Cruz Abecassis, o Antigo Presidente da República Jorge Sampaio, ou mais anteriormente, o capitão Barros Basto e os escritores Fernando Pessoa e Camilo Castelo Branco, entre outros. No entanto a população desconhece as bases do judaísmo ou da história hebraica de Portugal.

Fonte: The New York Times - DNA study shows 20 percent of Iberian population has Jewish ancestry


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