Quando da primeira entrega das Tábuas, Moshê desce do Monte e encontra seu povo a adorar o Bezerro de ouro, a cometer idolatria, pelo que D-us castigou-os e muitos pereceram por esse pecado.
Assim D-us dá a Toráh. que é a revelação de Hashem a toda a humanidade e em particular dada aos hebreus, tendo no decálogo (aseret hadibrot / as dez palavras) na qual o Eterno determina os princípios em que a Aliança é formulada, no Primeira Mitzváh, é determinado que não haverá outro D-us que não Ad-nai Eloheinu, com o seguinte enunciado e ao mesmo tempo D-us apresenta-se para os hebreus:
1.º - Eu Sou o Senhor teu D-us que te tirou da Terra do Egito e da casa da escravidão.
Em seguida, Ado-nai continua dizendo e ordenando a não adoração a outros deuses, e a proibição total de imagens, esse é a forma de se aproximar da verdade, e em verdade receber a iluminação divina:
2.º - Não terás outros deuses diante da Minha presença, não farás para ti, imagem de escultura nem nada semelhante ao que há nos céus acima, ou na terra em baixo, ou na água debaixo da terra, não te prostrarás diante deles nem os servirás, pois Eu Sou o Senhor Teu D-us, um D-us zeloso, que visita a iniquidade dos pais nos filhos, até à terceira e quarta gerações dos que me aborrecem, mas mostrarei bondade a centenas de gerações àqueles que me amarem, e cumprirem os Meus Mandamentos. De acordo com o que os mandamentos instituem é totalmente proibida a criação de imagens para adoração, bem como do politeísmo mas além disso, Moshê, refere que até mesmo uma imagem que se queira fazer sobre o nosso D-us é proibido, pois não há forma alguma que o possa representar, sendo D-us espírito puro e criador de todas as coisas.
Contudo a mensagem mais importante é a que nos diz, o que poderá acontecer a quem romper esta aliança e se entregar à idolatria:
"Castigo a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração" diz o Eterno no decálogo a idolatria atrai a perda das bênçãos que D-us tem destinadas para os seus seguidores, o ser-se judeu ou parte do povo eleito não é por si só salvítico se isso não se fizer acompanhar por uma total cautela contra a idolatria.
No passado a idolatria eram imagens de deuses, hoje contudo, a idolatria pode ter novas formas de existência, como os ídolos famosos do cinema, tv, os lideres políticos entre outros, não que haja mal em si, na existência de pessoas proeminentes que nos sirvam de alguma forma de modelo, o mal não está neles, está em nós, ao não sabermos evitar o afastamento que isso poderá trazer face à real adoração a HaShem.
Tudo o que nos afaste do Eterno e do nosso próximo, e nos levar a uma exacerbada adoração e fanatismo é uma forma de idolatria moderna que tem de ser acautelada
Não nos esqueçamos, que a idolatria cometida por Israel, levou à destruição do Primeiro Templo, após 850 anos de existência, e levou-nos ao Cativeiro da Babilónia.
Hoje as ameaças de idolatria são diferentes, disfarçadas e conduzem-nos não ao politeísmo mas à assimilação.
Mordechai Shlomo