quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Os Treze princípios da fé.

1 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é o Criador e Guia de todas as criaturas, e apenas Ele, criou, cria e criará todas as coisas.
2 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é Único e que não há nenhuma unicidade como Ele; que somente Ele é nosso Deus, era, é e será.
3 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, não é corpóreo, não tem nenhuma propriedade antropomórfica, e não há absolutamente nada parecido com Ele.
4 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é primeiro e último.
5 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é o único a Quem é apropriado rezarmos, e que não é apropriado rezar a mais ninguém.
6 — Eu acredito com plena fé que todas as palavras dos profetas são verdadeiras.
7 — Eu acredito com plena fé que a profecia de Moshé (Moisés), nosso mestre, que esteja em paz, foi verdadeira, que ele foi o pai de todos os profetas, daqueles que o precederam como daqueles que o seguiram.
8 — Eu acredito com plena fé que toda a Torá que está em nossas mãos foi dada a Moisés, nosso mestre, que esteja em paz.
9 — Eu acredito com plena fé que esta Torá não será modificada nem haverá outra Torá dada pelo Criador, abençoado seja o Seu nome.
10 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, conhece todas as ações e todos os pensamentos dos seres humanos, como está escrito: “É Ele quem forma os corações de todos, Quem percebe todas as suas ações” (Salmos 33:15).
11 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, recompensa aqueles que guardam Seus mandamentos, e pune aqueles que os transgridem.
12 — Eu acredito com plena fé na vinda de Mashiach (Messias), e ainda que possa tardar, mesmo assim espero a cada dia pela sua vinda.
13 — Eu acredito com plena fé que haverá a ressurreição dos mortos no momento que assim o desejar nosso Criador, abençoado seja o Seu nome, exaltada seja a Sua lembrança para todo o sempre.

Autor

Idade: 49 anos;
Nascido em 1964 Lisboa Portugal,
Localização Atual: Cacém - Sintra (Portugal)
Formação: Licenciatura em Serviço Social no ISCSP/UL Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa.
Profissão: Trabalhador Social. (o mesmo que Assistente Social ou Técnico de Trabalho

Acerca de mim:  
Sou um Humanista, assumidamente crente em D-us e isso molda o meu modo de ser e sentir; Creio na possibilidade de contribuirmos todos por uma nova era que seja mais humanista, onde a solidariedade e a pessoa humana seja o foco central de toda a agenda política, e onde o Ser Humano e o bem estar social esteja acima dos interesses de mercado, e haja também uma cultura da paz e da solidariedade entre os povos, para juntos criarmos uma nova e melhor sociedade, quer a nível local, nacional e até global.

Os meus interesses centram-se para além dos blogues que edito, na pintura e desenho, na leitura de livros (especialmente clássicos, não tenho tempo para ler tudo e não leio o que está na moda), leio fundamentalmente sobre temas como a sociologia, a filosofia, teologia, judaísmo, dedico-me a estudar hebraico nos tempos livres; Como preocupações sociais, a solidariedade, o voluntariado e a justiça social são obviamente o meu maior interesse, bem como questões sobre ecologia; Presenciei o 25 de Abril, vivi no Brasil e participei das manifestações pelas "Diretas Já", o que criou em mim uma forte consciência do valor dos direitos humanos, da democrática e da cidadania ativa aos quais eu não renuncio.

Profissão: 
Atualmente é estagiário numa ONG dedicada à reinserção social e ao apoio a famílias carenciadas, além de ser Blogger, foi também como colaborador no site da Professora Doutora Maria de Lurdes Fonseca, "mlfonseca.net" e é ainda nos tempos livres colaborador na Wikipédia.

Formações frequentadas:
 Foram várias as formações desde Hardware e reparação de computadores, a Design Gráfico e desenho, logística, estudos de mercado, pintura a óleo e por fim

Áreas de interesse:
 São áreas do meu interesse as da Divulgação em Serviço Social em geral, mas há mais, combate à discriminação de todo o tipo, seja de raça, credo, etnia, género e classes, teologia judaico-cristã, estudo da língua hebraica, artigos de cariz humanista.
Contacto: filipeleal2@hotmail.com

Mezuzáh

A Mezuzá é um pergaminho onde estão escritos passagens da Toráh,  o Shmá e a Vehaiá, é um mandamento positivo das 613 mitzvot. O mezuzá não é o invólucro, mas sim o pergaminho escrito, e para ser Kasher deve ser escrito à mão por um Sofer ou seja um escriba.
Deve ser supervisionado por um Rabi e ao afixar a mezuzá deve ser lido uma Brachá ou seja uma bênção que é a seguinte: Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hei-nu Melech haolam asher kideshanu bemistsvotav, vetsivanu licbôa mezuzá.

É colocada no umbral direito da porta de uma habitação ou loja ou escritório, que mostra que seus habitantes são judeus e pessoas tementes a A-do-nai, é colocado à entrada com o lado superior voltado para dentro da casa. Mas devido ao anti-semitismo e violação, pode se colocar no lado de dentro, e ao sair e ao entrar toca-se ou beija-se a Mezuzá, quer ela esteja correctamente do lado de fora, quer pelo exposto acima do lado de dentro.
Acima vimos na imagem um invólucro da Mezuzá, ao lado direito vimos o pergaminho escrito, isto é a própria mezuzá.
Crê-se que a mezuzá no momento da afixação atrai a protecção divina e leva à casa e aos seus moradores a Santidade de D-us. Famílias judaicas colocam uma mezuzá em cada uma das portas interiores para além da porta de entrada.

História do Judaísmo

A aliança com Abraão e os Patriarcas. (1800- AEC)


Abraão fala com os anjos
O Judaísmo יהדות é a primeira religião monoteísta da história, foi a partir de Avraham אברהם que o Senhor D-us fez uma aliança, a chamada "Aliança Abraamica", foi então que D-us fez de um só homem, a partir de Ur na Babilónia disse a esse homem para saír de sua terra em direcção a Canaã, a Terra Santa, e dele fez um povo numeroso que seria e é o "Povo Eleito", daí pai de nações é o significado do seu nome, devido ao facto de ser o patriarca das três grandes religiões da revelação, chamadas de religiões Abraamicas, ou monoteístas: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islão, em Abraão encontram-se Moisés, Cristo e Maomé.
Mas o mais curioso é que Abraão e Sara não conseguiam ter filhos, e Abraão duvidava, até que teve um filho com a escrava da sua mulher Agar e nasceu Ismael יִשְׁמָעֵאל, mas o Senhor não queria assim, quis sim um filho legitimo vindo de Sara que foi mãe aos 90, Abraão foi pai aos 100, e a Aliança dizia que aos 8 dias o menino e todo o varão do clã de Abraão teriam de ser circuncidados, daí o nome do filho é Isaac יצחק, que junta os números cabalísticos 100, 90 e 8 da raiz do verbo rir. No entanto D-us  testa a fidelidade de Abraão, e após mandar expulsar para o deserto Ismael e sua mãe, pede o sacrifício de Isaac, e vê a sua fidelidade absoluta, dando-lhe em troca um cordeiro sacrificial, daí vem a tradição hebraica de sacrifícios no templo, contrastando com os outros povos bárbaros que cometiam infanticídios e sacrificios humanos em nome de deuses falsos.

O cativeiro no Egipto e o Êxodo. (1650-1260 AEC)

Moisés abre as águas do Mar Vermelho
Após Abraão, Isaac foi pai de Jacob יעקב que o anjo mudou o nome para Israel יִשְׂרָאֵל,  este de 12 filhos dos quais se formariam as dose tribos de Israel, seus filhos são Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim e uma filha Diná.
José יוֹסֵף, através do qual o clã desceu ao Egipto, onde o povo acabou por viver em cativeiro por 400 anos, como havia sido dito pelo próprio D-us a Abraão. É no cativeiro do Egipto, que nasceu um líder que os irá libertar Moisés משה, que se revoltando descobre as suas origens hebraicas e de ter sido salvo das águas de um rio por uma princesa egípcia de nome Seth,
Vai para o deserto e de lá casa, tem filhos até que D-us o chama no cume do monte do Monte Horeb, onde D-us o nomeia libertador do povo hebreu.
Após as sucessivas investidas de Moisés e Araão, e as pragas de D-us culminaram na fuga do povo hebreu do Egipto, através do mar Vermelho o povo pisou chão seco e o atravessou em direcção a 40 anos no deserto.
Nesse tempo Moisés dá a partir do Monte Sinai, os 10 primeiros dos 613 mandamentos da Toráh, que é a Instrução do judaísmo, e criou-se o Tabernáculo, ninguém daquela geração entrou na Terra Santa.

A Conquista da Terra Santa e os Juízes (1200-1055 AEC)

Conquista de Jericó
Após a conquista gradativa da Canaã, com o seu líder Josué יהושע e o seu desaparecimento, criou-se um vazio, pois não havia uma unidade nacional, o país estava dividido em 12 tribos, liderados por seus próprios Patriarcas, tendo apenas a religião, a língua e as tradições culturais como ligação, cada tribo tinha os seus Juízes שֹּׁפְטִים, que eram homens santos ligados à Religião e à observância da Toráh bem como aos sacrifícios no Tabernáculo.
Mas o povo, entendeu que só uma monarquia forte, como tinham os países vizinhos, e portanto um Rei que os unisse, é que lhes poderia proporcionar vitórias, conquistas e paz.
Assim o Juiz Samuel שְׁמוּאֵל nomeou Saul שאול da tribo de Benjamin בִּנְיָמִין, como o primeiro Rei de Israel unificado.

O Reino Unificado de Israel  (1055-931 AEC)

Saul ataca David
Uma vez coroado Samuel, começa a governar Israel e o conduz em vitórias, mas começou a entrar em decadência ao cometer transgressões no seu reinado, que o levaram a perder a graça divina, ao invés de se reabilitar Saul cometeu pecados mais graves que acabaram por lhe custar a vida na sua ultima batalha, e lançar o pais na Guerra Civil pela sucessão, opondo o filhos de Saul a David דוד, este último já havia sido nomeado por Samuel, para o substituir, e só assumiu o Reinado de Israel após a morte de Isboset I, filho de Saul.
O reinado de David foi dos mais notáveis da História de Israel, conquistando Jerusalém e fazendo dela a Capital do Reino de Israel, no entanto não Conseguiu construir o Templo, o que só foi realizado por seu filho Salomão שלמה, rei de grande sabedoria.Foi um rei amado por muitos, tanto de Israel como de reinos vizinhos, Construiu o 1º Templo de Jerusalém, mas também cometeu pecados por ter casado com mulheres estrangeiras.


Divisão e Cativeiro  (931-586 AEC) 

Daniel na cova com os leões
No fim do reinado de Salomão, o Reino divide-se entre Israel e Judá, com diversos reinados e guerras civis encarniçadas, pelo meio o pecado da idolatria, e o castigo seria o Cativeiro da Babilónia e Assíria, o cativeiro teve um impacto enorme na vida e religião do povo Israelita, pois tiveram que adaptar a praticar a religião sem o Templo que fora destruído a 9 de Av, daí o jejum de Tesha BeAv תשעה באב. A toráh foi o grande alicerce do povo judeu no exílio. Desse tempo muitos relatos saíram para a Tanakh, como o livro de Ester, o profeta Daniel entre outros livros e histórias que marcaram o povo judaico nesta fase. O que marcou este período foi o aparecimento anterior à conquista de Nabucodonossor, dos profetas que, avisavam e profetizavam o que poderia acontecer, se Israel não se arrependesse de pecar pela Idolatria e desobediência, uma outra consequência do Cativeiro da Babilónia foi a diáspora, e separação de muitos judeus e 10 das doze tribos. Um dos Profetas ditos maiores dessa época, foi Daniel דניאל,  ele que até hoje tem profecias que se cumpriram no fim dos Tempos.

O Período do Segundo Templo  (450 AEC a 70 EC)

Templo de Herodes
Este período Relata, desde a Reconstrução do Templo por Neemias, até à Destruição do Segundo Templo feito por Herodes, já no ano 70 EC pelos Romanos. Passando Claro pela colonização Helénica de Alexandre o Grande.
Os judeus estavam ansiosos por independência, haviam sido colonizados sucessivamente por vários povos uns atrás dos outros, esperavam pois por um líder Religioso que libertasse o país e o conduzisse à prosperidade, daí a espera no Messias משיח. Foi uma época rica do ponto de vista filosófico e teológico, tais como o Rabbi Hillel, contemporaneo de Jesus Cristo, e surgiram também  muitos movimentos como os zelotas, Essénios entre outros.

A Diáspora e o novo judaísmo (70-1500 EC)

Saque do Templo
Com o fim das guerras Romano-Judaicas, e a Derrota de Bar Kocbah שמעון בר כוכבא, nasce uma nova Diáspora. O massacre de "Massada", os milhares de judeus crucificados, e um povo sem templo, partem por expulsão para o exílio em todas as partes do mundo. Os judeus até então compreendiam grupos como os Fariseus, Essénios, Zelotes, Saduceus, nasce o judaísmo caraíta, e vêm nascer no judaísmo os Nazarenos, que se dividiram em Paulinos e Ebionitas, mas acabaram por se separar do judaísmo recusando lutar ao lados dos judeus na defesa do Templo, pois afirmavam que Jesus tinha previsto tal facto.
O apogeu do cristianismo deu-se com a aceitação de gentius e a simbiose de outras doutrinas como a religião pagã dos romanos entre outros. O que facilitou a igreja a tomar atitudes anti-semitas e perseguir os judeus mas também os cristãos que praticassem as leis da Toráh tais como Shabat, alimentação kosher, Pessach etc.
A partir daqui, a extição de essenios e Zelotas, e a separação dos Nazarenos, os judeus do grupo dos Fariseus é que tomam conta do judaísmo na Diáspora.


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