domingo, 7 de agosto de 2011

Lição 1 - O Alfabeto

O Alef-Beit - אלפבית

O Hebraico é uma língua semítica da família das línguas afro-asiáticas,  é a língua na qual foi escrita a Bíblia, mais precisamente a Torah e a Tanack, que veio a influenciar toda a civilização ocidental,  e tal como na maioria das línguas orientais, lê-se e escreve-se da direita para a esquerda.

O hebraico teve alguma influencia na língua portuguesa, palavras como Azeite vem do hebraico da Palavra Shemen Ha Zayit (Shemen = óleo; Ha = artigo definido A, e Zayit "azeitona").

O alfabeto "Alef-Beit" אלפבית é composto por 22 letras alfa numéricas, no hebraico os números são as letras e as letras equivalem a números, daí o estudo da Kaballah, que é o estudo do significado numérico das palavras escritas na Torah.

Não há letras minúsculas nem maiúsculas, há vários tipos de letras hebraicas, desde o tipo Rashi, quadrático e também o cursivo que mostramos abaixo, sendo que o cursivo é mais usado em Israel na escrita do dia-a-dia.

Para aprender hebraico o importante é aprender inicialmente a alfabetização, a partir daqui o caro leitor poderá começar a conjugar letras e a ser capaz de ler palavras, tal como fazemos em português. Só há um problema no hebraico não há vogais. Ou há de uma forma diferente.
veja a seguir como se leem as letras com o seu significado fonético. 


א Alef - Não tem som, equivale às vogais "Nekudot"  A, E, I, O, U,
ב Beit - Equivale a B, com o sinal (daguesh) בּ equivale a V ( - Veit). 
ג Guimel - Equivale à letra , mas pronuncia-se Guê como guitarra.
ד Dalet -  D,
ה Hei -  H, equivale ao som de R como em inglês Home, Mas no artigo é forte Rá.
ו Vav - Consoante com som de V, mas pode assumir O ou U como vogal.
ז Zain - Z
ח Het -  H, Som de R forte. RR, rá, ré, rí, ró, rú.
ט Tet - Som de T.
י Yod - Som de Y e I.
כ Kaf - K ou C, com Daguesh assume Chaf כּ sendo que CH aqui é RR.
ך Kaf sofit - É o Chaf, no final da palavra.
ל Lamed - L, como Lá, Lé, Li, Lo, Lu, no fim da palavra é como aL, éL, iL, oL e uL.
מ Mem - M
ם Mem Sofit - M no final da palavra. 
נ Nun - N.
ן Nun Sofit - N
ס Samech - S.
ע Ayn - Letra silenciosa equivale a A, E, I, O e U com os sinais de "Nekudot".
פּ Pei - Equivale a P com Daguesh (פּ - Pei) e a F (פ - Fei) quando sem o sinal.
ף Pei Sofit - Equivale a F, no final da palavra.
צ Tzadik - Tem o som de TZ.
ץ Tzadik Sofit - TZ.
ק Qof - Equivale ao Q.
ר Resh - Tem o som de R como em CaRo, SenhoR, OleiRo, é palatal e gutural.
ש Shin - Igual a SH com sinal à direita שׁ , quando à esquerda é o (שׂ - Sin) S.
ת Tav - É a última letra e tem som de T.


Nas imagens abaixo verá o valor numérico de cada letra hebraica e a escrita cursiva.
No fim poderá ver os dois videos anexados sobre o alfabeto hebraico.

Cada letra hebraica corresponde a um número indicado abaixo.

Cantilena das Letras Hebraicas.


Lição 1 - O Alfabeto


Lição 1 - Parte 2



A Próxima Lição: As Vogais

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O que é a Guematria?




Ciência existente apenas no judaísmo e na língua hebraica, a "guematria" é a ciência judaica da codificação bíblica, é um método hermenêutico de análise das palavras bíblicas em hebraico, atribuindo-lhes um valor numérico definido a cada letra. Conhedida ainda pelo nome de "numerologia judaica" e está patente na Toráh (Pentateuco) há mais de 3.300 anos.pelo valor numérico de cada letra, para os misticos cabalistas judeus, a Toráh tem para além do seu sentido literal, um sentido mistico escondido nos numeros de cada palavra, qual um código, fazendo diferentes conexões e extraindo da Palavra Divina uma revelação, ou um sentido mais aprofundado para os espiritualistas.
Valores numéricos das letras hebraicas.

O Pogrom de Lisboa



       Há um monumento em Lisboa, que para além de belo, é de suma importância histórica, por ele passam centenas talvez milhares de pessoas, sem o ver ou vendo sem lhe dar importância devida, trata-se do monumento em homenagem aos judeus mortos no ano de 1506, no chamado "Pogrom de Lisboa" ou a "Matança dos Judeus de Lisboa", página trágica e cruel da nossa história, pois não pensem as gerações atuais que a perseguição e morte de judeus só ocorreu no Holocausto Nazista. Séculos antes por toda a Europa incluindo como aqui vemos Portugal, foram mortos milhares de judeus, quer pela inquisição quer em motins (Pogroms) de cariz anti-semita, tendo o povo judeu sido o bode expiatório para todo o tipo de males sociais.
       Era o Ano de 1506, 19 de Abril, Portugal vivia uma seca muito grande, crise económica e peste, nas igreja rezavam-se novenas, faziam-se procissões e rezavam-se missas, para combater o mal. Naquele fatídico dia segundo foi escrito por cronistas da época, um pseudo milagre estaria a acontecer, no interior da Igreja de São Domingo na baixa lisboeta, um cristão-novo (judeu obrigado a converter-se ao catolicismo) fez m comentário a desfazer a ideia do milagre, a Ira dos fiéis tornou-se numa turba enraivecida,  as mulheres e homens agarraram nesse e noutros cristãos novos e os espancaram até a morte em frente à entrada da Igreja, depois não satisfeitos com a morte dos inocentes, esquartejaram-nos e fizeram uma fogueira para queimar os corpos, padres dominicanos em vez de conterem a fúria, atiçaram a população para marchar até ao bairro dos judeus, onde famílias foram retiradas de suas casas, homens, mulheres, velhos e crianças, espancados e mortos.
       Foi assim durante cinco dias, de uma loucura indomável, que o Rei D. Manuel I, teve de enviar tropas especiais para por cobro à vergonha, visto que amigos e funcionários régios foram mortos, o cheiro dos corpos queimados enchia toda a atmosfera de Lisboa, o ambiente era dantesco. Após as tropas reais reporem a ordem a 24 de Abril, o saldo de mortos ultrapassava os 2500, o Rei mandou retirar do Brasão de Lisboa o titulo de "Honrada".
       O Presidente Jorge Sampaio, foi o único chefe de Estado, que pediu oficialmente na Sinagoga Sharé Tikvah, perdão ao povo judeu pelos erros cometidos no passado,tendo também inaugurado o monumento na fotografia acima.


Este é baseado no artigo: "A matança de Lisboa de 1506" da página da Comunidade Israelita Masorti de Lisboa, da autoria de Carlos Baptista. Sinagora Ohel Jacob / Beit Israel

O Povo eleito


A opinião comum num mundo laicizado, e em particluar no  cristianismo, de que o judaísmo deixou de ser a religião de D-us, ou mesmo de que ser o povo eleito não faz sentido, ou de que a sua missão não foi cumprida e acabou, é totalmente falsa e muito provavelmente até herética.

Ser ou fazer parte do "O Povo Eleito" não é fácil, não se trata de um conceito de superioridade judaica sobre as outras religiões, ou culturas e povos, trata-se de ser o que tras consigo, a tarefa árdua de manter incorruptivel a Toráh sagrada, e isso requer a total fidelidade às tradições, usos e costumes dos ancestrais.

Os não judeus, em especial os cristãos vêm de maneira errada a questão do judaísmo na Toráh, não há a compreensão de que não foram os judeus que escolheram D-us, foi D-us que escolheu o povo hebreu e que por sua vontade o formou, a partir de Avraham, Isaac, Jacob, José e Moisés (Moshe) para ser na terra a semente da palavra de D-us, a semente de uma civilização superior à época em que conquistaram Canaã, época em que eram rodeados por povos politeístas, bárbaros e de costumes contrários aos valores divinos.

Não foi também o povo judeu que escolheu a lei (Toráh), foi D-us que a deu como instrução, através de Moshe, não foi portanto o povo Judeu que inventou a Torá.
Mas acima de tudo, não foram os judeus que inventaram o Messias para salvar o mundo, foi D-us que fez deste povo, o Seu povo escolhido para trazer a mensagem de salvação a toda a humanidade carente da verdade e da palavra de D-us, que então só estava confiada aos judeus.


Portanto os cristãos devem ver Jesus como o Mesias gentiu, um salvador, vindo dar a conhecer a toda a humanidade a Toráh, aos não judeus, sendo que quando vier o Messias esperado pelo povo judeu, pelos cristãos e até muçulmanos, aí sim o Messias (Mashaiah) se dará a conhecer a toda a humanidade, que O reconhecerá, e pois não serão os judeus a converterem-se ao cristianismo, ou a outra qualquer religião, mas sim a humanidade se converterá indubitavelmente a praticar as 7 Leis Noéticas e outros o Judaísmo que é a verdadeira religião de D-us.


Temos que entender que também não foram os judeus que quiseram a Diáspora, ou o sofrimento dos pogroms e o Holocausto, foram perseguidos então porquê? Porque tanto ódio contra os judeus? Que mal fizeram ao mundo? Pois eu digo não fizeram ao mundo senão o bem, desde o inicio, e se são perseguidos e odiados, e se sofreram pogroms e o holocausto é por serem verdadeiramente o povo de D-us, o povo do Livro, e quem os persegue não é outro senão o inimigo (a besta) que quer destruir a salvação da Humanidade evitando a vinda do Meshiah.

Este blog, pretende contribuir de alguma forma no entendimento da verdadeira missão dos judeus e do judaísmo, contribuindo para o amor pelo povo judeu e por Israel.
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