segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

21ª Parashá - Ki Tissá - כִּי תִשָּׂא

Quando tu ergueres
Parashá: Êxodo, 30:11-34:35
Haftaráh: I Reis, 18:1-39
Resumo da Parashá
Esta Parashá fala sobre o recenseamento dos Filhos de Israel, varões entre os 20 e os 60 anos de idade, algo que era considerado indigno, visto que só o gado se contava e obviamente as pessoas valiam mais que gado, o Eterno ordena que Moshê cobre a cada um metade de um ciclo, valor esse que é igual tanto para pobre como para ricos, pelo que os ricos não acrescentariam valor ao seu resgate nem os pobres o diminuiriam. Por outras palavras, há aqui uma simbologia de que cada um de nós tem exatamente o mesmo valor perante o Eterno.
A Santificação do altar, a criação do lavatório referente à purificação, bem como ordenou fazer óleo de unção que foi espalhado no altar, de tal modo sagrado que ninguém poderia a fazer um igual e o usa na sua carne seria exterminado, ou o incenso e perfumem de santificação do local santo, caso alguém faça um igual, seria banido do meio do povo, este é o modo como o texto bíblico mostra o alto grau da importância e de santidade do Altar, cujo objetivo é o de fazer uma nação purificada e santa.
A tenda da Reunião, e a Arca do Testemunho, o candelabro e todos os objetos da tenda, as vestimentas de Aarão e dos sacerdotes, são ordenados fazer pelo Eterno, e torna a lembrar também a santificação do Shabbat com um sinal entre D-us e o povo de Israel e após isso foram dadas as tábuas da lei, foram dadas a Moshê.
O Povo se Corrompeu com a Idolatria, devido à demora do reaparecimento de Moshê, no desespero e na falta de fé, Aarão permitiu fizer um Bezerro de ouro, proclamando-o o seu deus, festejando e sacrificando à imagem que tinham construído. O Eterno quer exterminas os judeus e Moshê intervém com a sua suplica para que tal não suceda, e para que os povos estrangeiros não zombem do Eterno por os ter tirado do Egito e os ter morto no deserto. Assim D-us escuta Moisés, conduto morreram perto de 3000 homens. E mais uma parte foi castigada pelo Eterno.
A Tenda do Ensinamento, fora feira por Moisés fora do acampamento, pelo que o povo se arrependeu, e os que buscavam a D-us dirigiam-se à tenda, e quando Moisés entrava uma Nuvem pairava sobre a tenda, como sinal da presença do Eterno. 
As novas tábuas da lei, são talhadas por Moisés e o Eterno revelou-se parcialmente a Moisés, como que a tranquiliza-lo de que está com ele e o povo. Segue-se o recebimento de toda a Lei. Moisés ao descer e após ter tido contacto com o Eterno, a sua pele brilhava pelo que passou a usar um véu no seu rosto quando queria falar com D-us, aqui temos um sinal da amizade do Eterno que estava com Moisés, e do sinal claro da promulgação definitiva da Lei e de todas as suas Mitzvot.
Conclusão: Esta Parashá inicia-se com o recenseamento, que representa a importância dos Filhos de Israel perante o Eterno, como que numerar na Terra todos os membros do Povo eleito. Segue-se a purificação do Altar sagrado, da tenda da reunião bem como das vestes sacerdotais, não só é um povo eleito, mas aqui uma Nação Santa segundo os desígnios que o Eterno lhes prescreve.
Mas se por um lado é uma nação santa, por outro é também uma nação de pessoas, seres humanos comuns, iguais a todos os outros, com fraquezas e limites, pelo que também pecam, e facilmente esquecem os preceitos divinos, dedicando-se à Idolatria.
Após este episódio dramático da Idolatria, há também o lado pedagógico da vontade Divina em perdoa-lo e exorta-lo ao bom caminho, o Pacto de eleição é de novo selado, e a Lei e suas Mitzvot definitivamente promulgadas. Doravante não haviam apenas ex-escravos, nem hebreus comuns, havia um povo Santo e Pecador que começou a sua caminhada no judaísmo em direção à Terra Prometida.
Shlomo Mordechai Le'al

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